almas poetisas

parei de ter medo de mim mesma, de meus pensamentos, de minha racionalidade fora do padrão, sem lógica, sem lógica e sem razão. escritores e almas poetisas são tão parecidas entre si, vivem vidas tão semelhantes onde poderíamos dizer são as mesmas pessoas. sentem-se sozinhas, incompreendidas, utilizam fugas descaradamente, observam muitíssimo e tiram seus conceitos de forma cuidadosa. ao meu ver, escritores são assim, e assim devem ser, pois é lindo de se ser.
é possível desocultar de longe uma roda deles, onde comentam os erros da política, as injustiças da vida, os problemas que poucos se importam ou fingem não se importar. almas poetisas, como eu as admiro e admiro por fazer parte de uma. mas não tentem se incluir ao resto, não tentem se misturar, por favor! não caiam no erro de desejarem serem aceitos, pois jamais serão. sabe, às vezes eu procuro explicações e no fundo eu sei que não quero encontrá-las. sempre me pego procurando compreender todas as coisas e sabendo que não quero compreender coisa alguma. instintos que me movem ao contrário de mim mesma, de quem sou ou quem desejaria ser. hoje estive reparando na vida que eu levo e jamais imaginei que a teria. não é tão bela de se descrever, mas é graciosa e boa para minha alma que goza a liberdade, ou no mínimo a ilusão de a ter. escritores são diferentes entre si e pensam diferentemente, até mesmo dos seus. e são belos, como são. levam esperança, revivem o amor, geram momentos únicos e vívidos que não seríamos capazes de vivenciar sem a ajuda de alguém para narrar uma história tão bela, contraditória e cheia de ilusões mistificadas. ah! pena, que pena. poucos são ouvidos.