terça-feira, 21 de maio de 2013

O olhar

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Hoje amanheci com uma dor enjoada em minha orelha direita por causa do alargador que passei ontem com tamanha força de vontade, e lembrei de ontem de noite, quando estava em minha casa acessando as redes sociais e meu amor me ligou pedindo para que eu fosse na universidade federal aproveitar um evento para os ingressantes com ele, que foi aceito em filosofia.
Com o maior prazer, fui. Chegando lá eu já estava apreensiva, não gosto muito daquele lugar, só me lembra o passado, maconha e festas com muita traição. Depois de quase meia hora esperando que ele saísse da sua primeira aula, uma aula de apresentação, nos encontramos e abraçamos como se não nos víssemos muito tempo.
Eu, com todo o ciúmes possível, ficava dizendo o quanto o amava e o queria por perto, e que qualquer traição seria motivo de morte súbita. Ele, ria de minhas brincadeiras em verdades, e dizia também o quanto me amava.
Para a minha surpresa, uma pessoa incrivelmente desagradável apareceu quando fomos comprar alguns salgados para comer. E como eu tive uma boa educação em casa, cumprimentei a garota. Ela, surpresa com minha atitude, não soube como se expressar e acabou soltando uma cara desengonçada, a qual mantive desprezo oculto.
Momentos depois meu amor me pergunta "Quem é a sua amiga?", e eu ri, ri muito. "É uma longa história", respondi. Não somos amigas, tão pouco nos gostamos, e sei que não é coisa da minha cabeça, é algo recíproco, tanto pelo passado, quanto pelo presente, e só Deus quem sabe pelo futuro.
Assunto encerrado, eu e meu amor fomos ao posto comprar cigarros e nos dirigimos para o local onde haveria o evento para os ingressantes. E foi quando ele me contou que ela estava na sala dele, e haviam conversado. Foi então que lhe contei a minha história, a minha versão, pois provavelmente ela deve ter a dela, e ficou por isto mesmo. Bebemos um vinho barato que descia aos poucos pela garganta, apreciando as velas postas em cima das mesinhas, dentro de cascas de laranja. O clima estava agradável, som ambiente e muitos jovens conversando.
Foi então que me senti, por breves segundos, um pouco rebaixada por ela estar em uma universidade federal, mas logo me lembrei que eu também estava fazendo faculdade, e como cada um tem o seu  gosto, eu logicamente preferia o meu curso. Ela me lançava breves olhares suspeitos, furtivos e acanhados. Olhares um tanto quanto receosos, e eu tentava ao máximo não retribuir-lhe. Tudo o que eu queria era esquecer que ela estava ali, no mínimo naquele momento.
Eu e meu amor conversamos com vários amigos dele, conhecidos de graduação tanto dentro quanto fora da universidade, alguns dos quais já havíamos bebido algumas cervejas em butecos de esquina meses antes. Eu estava no segundo copo de vinho, um copo razoavelmente grande, ao qual surtava um leve efeito em meu corpo, aquecendo-o e adormecendo-o aos poucos. Meus sentidos continuavam aguçados como toda boa psicóloga, ao qual só os adormece quando realmente não é capaz de manter-se em pé.
Dei uma olhada em volta, como de costume, para saber a localização das pessoas, como estava o clima, o que faziam, e outras observações a mais. E foi quando vi aquela garota me olhando, estava com o corpo todo voltado de frente para mim, o que significava que sua atenção girava em torno de mim. Me peguei pensando quanto tempo havia que ela estava naquele estado, e desviei o olhar. Sabe quando você olha uma coisa de relance e isto fica marcado em sua mente? Foi o que aconteceu comigo. Aquele olhar ficou me atormentando, e não me libertaria até que fosse desvendado. E eu o desvendei.
Entendi que me olhava com tristeza, com inveja, e provavelmente se perguntava algo do tipo "O que ela tem que eu não tenho?", e por breves instantes senti muita pena e dó, e entendi que não precisava a odiar tanto assim, afinal o ódio que ela sentia por mim não passava de um sentimento reprimido, que poderia ser entendido como inveja, mas eu não gostaria de usar essa palavra, me parece ser muito forte no momento.
Fui para casa, alguns minutos depois, com o meu amor, e fui feliz e muito leve. Sim, eu precisava daquele olhar amargurado de uma criança indefesa para saber que estava por cima da situação, para compreender um lado mais humano daquele ser. Aquele olhar um tanto quanto idiota, ao qual, depois de ler este texto, jamais se permitirá dar novamente, olhando apenas com desprezo e ódio, um bocado falsos, por terem diversos sentimentos amais por trás disto.
E este olhar, vou guardar em minha mente como recompensa, e se possível, o desenharei para jamais esquecer deste momento de vitória. São breves instantes que nos fazem assim, leves como plumas, e nos dá a garantia de continuar por cima de tudo, do mundo, das estrelas, do infinito.

6 comentários:

  1. amei tudo q tu escreveu e o livro como ta tu tens muita imaginacao, parabens. Vera Regina Noimann

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  2. O ciúme é muito ruim e na maioria das vezes só existe em nossa mente. Vc escreve muito bem. Bjus!

    galerafashion.blogspot.com.br

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  3. Passo lá no seu canal!
    beijos :D
    http://carolinalbackes.blogspot.com.br/

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  4. Oi, querida! Andei vendo seus posts antigos e estou completamente encantada pelo seu trabalho. E é claro que estou seguindo. Se puder e gostar, segue o meu também?

    >>Blog<< >>Fan Page<<
    - xoxo –

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  5. tenso eim flor.relaxa, vc e beemm superior a esse tipo de gente.. :)

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  6. Mais um texto muito bem escrito. =)
    Seria bom que não existissem pessoas invejosas, mas elas estão aí. O ciúme não é algo legal, um pouquinho até dá um charme, mostra cuidado, carinho, mais em excesso faz mais mal pra gente que pro outro.

    Passa lá no blog e participa das promoções de aniversário. Tem muitos sorteios rolando.

    www.reticenciando.com

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