todos acreditariam que você superou esta perda

caso não fosse a sua imaturidade evidente que lhe impossibilita de se manter em silêncio ou guardar tais pensamentos em algum lugar protegido de todos. entretanto, eu nunca vou acreditar em tais atos, pois o que vivenciamos nos tempos do nosso romance deixou explícito o quanto me amas e que tais palavras friamente ditas não passam de um lado imaturo e irreflexivo de tua parte, feitos propositalmente para magoarem quem tanto te fez bem e agora não passa de uma maldição corrosiva. e com todas estas evidências - que eu mesma colhi - fica notório que o seu novo amor deixa-se iludir a ponto de acreditar em tuas palavras profanas ao dizeres claramente que me odeia e obviamente, que eu nunca passei de um objeto de prazer ou luxo.
porém, eu que te conheço tão bem, sei que são vozes de um coração amargurado no qual o orgulho se encontra devastado e corrompido. sei também que voltarias comigo caso eu quisesse, e que deixarias este amor que nem para lhe fazer me esquecer serve. sua encenação estaria com maior aceitação entre sua platéia de histriões caso reservasse teus pensamentos e sentimentos amargurados contra mim. a cada instante que dirige a palavra para a minha pessoa - por mais arrogante que possas ser e por mais triste que tente me fazer - torna ligeiramente visível o amor que guardas por mim, e as mentiras tolas que vem dizendo para todos à sua volta, alimentando as ilusões e falsas esperanças desse amor atual, que também já lhe foi antigo. por que apenas eu consigo ver e compreender tais coisas?

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