sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O som da chuva


  por estes dias choveu engraçado. choveu desgovernado, uma hora rápido e denso e na seguinte tudo estava como uma garoa. eu estava aflita, peguei o violão do meu pai e comecei a tocar uma coisa qualquer.
  tentei imitar o som da chuva, mas o máximo que conseguia obter eram notas mais agudas ou mais graves, e assim fiz conforme a chuva se tornava grossa e rápida ou lenta e fina.
  os sons gravíssimos - não sei como são descritos - eram os trovões, e os sons finíssimos eram os raios. os clarões deviam ficar por conta da imaginação de quem ouvia, e nem sei se o som era bom, só sei que me satisfazia e me fazia ficar em paz.
  pela primeira vez não tive medo da chuva, pela primeira vez me senti em paz ao tocar um violão.
  provável que quem ouvisse de fora achasse tudo sem nexo e sem sentido, o que de fato é verdade, mas para mim soava mais como uma sinfonia harmônica angelical em sintonia com a natureza.

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